Junto à luz que invade o quarto escuro em um tom azul, o brilho convexo do vidro das cinco gotinhas mágicas reluz. As cinco gotinhas marcadas pela promessa de levar à escuridão de uma caixinha de pandora toda a melancolia que aflige.
A dor continua a mesma. Com stand by, o quarto passa de azul à roxo em um de repente inesperado. Os globos castanhos se cristalizam, fazendo escorrer uma angústia petrificada, que ocupa no peito o espaço de um punhal.
Afasto a cortina na espera de que um feixe de luz invada o escuro, mas ao olhar lá fora as luzes da cidade que dorme, a dor da derrota parece maior que a vontade de viver.
Então vejo a figura de um ser quase divino... Metade anjo, metade humano. Minhas mãos são afagadas com carícias de amor e algumas palavras aveludadas fazem o dia amanhecer em cores.